sábado, 28 de fevereiro de 2015

O PASSEIO



Um dia, eu passeava por um parque, quando vi uma senhora sentada no banco, pensando na vida e dando comida aos pássaros.
Achei aquela senhora muito simpática, mas passei e fui embora.
No outro dia eu estava novamente passando por lá, no mesmo horário, e aquela senhora sentada no mesmo lugar, dando comida aos pássaros.
Foram passando os dias e a senhora lá; um dia, passando pelo parque, a senhora que eu via todos os dias não estava lá, mas sim uma menina de uns 15 ou 16 anos.
Perguntei a ela se a ela conhecia a senhora e ela me disse que sim, que era sua avó, novamente perguntei se a senhora iria voltar, ela me disse que não, pois a senhora era cega e não tinha mais quem a trouxesse.
Espantei-me, Eu nem imaginava que era cega aquela senhora a quem eu via com tanta alegria dando comida aos pássaros e conversando com eles e tudo mais??
Foi aí que a menina me disse que todos os dias quando a senhora chegava em casa, contava que sentia um rapaz que a ficava olhando dar comida aos pássaros; ela não sabia como ele era, mas todos os dias passava por lá, e usava um perfume suave. A menina deduziu que eu era o rapaz, e tinha razão: eu ficava lá, olhando à senhora dar comida aos pássaros, e depois disso comecei a buscá-la todos os dias em sua casa e a levava mais tarde embora.
Como eu iria imaginar que a senhora que me deixava feliz todos os dias por vê-la tão alegre dando comida, falando e rindo com os pássaros, como eu iria imaginar que eu ficaria com ela e fazendo as mesmas coisas e rindo entre nos como se fossemos amigos antigos??
Até que um dia a pobre velhinha morreu; eu fique super desapontado com isso, fiquei com saudades, eu passava pelo parque e ela não estava lá; eu resolvi parar de dar comida aos pássaros.

Ate que eu pensei bem, e decidi uma coisa: eu vou lá, dar comida, rir sozinho e tudo mais com se ela estivesse lá ainda, sentada comigo rindo e conversando.

 Rafael Monteiro dos Santos 

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Sem você não dá


 Você tem o brilho do sol nos olhos
Quando te vejo esqueço-me da escuridão da noite
Perto ou longe, onde quer que esteja eu te sinto
O tempo passa muito rápido
E eu me arrependo de não estar com você
Passo dias pensando em ti
Sonho com você dizendo
Dizendo “Te amo” outra vez
Sem você não dá
Volte para mim
Sem você dói muito
Não me deixe sozinho
Continuar só nos sonhos é complicado
Sem você não tem sentido
Não posso aceitar o fim
Mas não dá
Acabou!


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Não acredito mais.


Quando o dia está frio e escuro
E vejo um raio dourado de sol
E meus sonhos não dão certo
Eu não quero decepcionar você
Não importa o que aconteça
Sinto seu calor em meus ossos
Não sei o que fazer para isso parar
Talvez eu esteja perdendo a fé
Mas não acredito mais
Quero me esconder
Fugir de mim
Encontrar logo um fim.
Longe viveremos
Mas sei que um dia nos encontraremos.
Junto ou separados
Eu e você...
E nossa história acabou antes de começar
Como uma linda noite de luar...
Que quando amanhece o sol vem acabar.



Rafael Monteiro dos Santos 

Tudo vai melhorar


Acordei em um mundo escuro
Tentando fazer as coisas certas
Um mundo sem mais heróis
Com o coração partido
Sem força para seguir
Só há uma pessoa para fazer a diferença
Me faça livre, me ajude a levantar
Me faça acreditar no que é amar
Agora eu sei
Que quando o momento chegar
Tudo vai melhorar.
Nossas escolhas, nossas decisões.
Ser livre é assim
Ir onde quiser
E sempre acreditar

Que um novo sol sempre vai brilhar.









terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Num dia de chuva...


O que é a chuva?


Quando somos crianças acreditamos que a chuva acontece quando São Pedro lava o céu, e então a água escorre toda para a terra, e os trovões e relâmpagos acontecem quando os anjinhos derrubam alguma coisa no céu, quando o trovão é muito forte é porque eles derrubaram uma coisa muito grande ou então são os anjos tirando fotos das pessoas na Terra.
Crescemos e descobrimos que a chuva não é nada mais nada menos do que a água que o calor do sol evapora, e chegando lá em cima, ela se condensa e cai de volta em forma de gotículas de água, os trovões e os relâmpagos são fenômenos da natureza que podem machucar quando caem.
Então saímos do trabalho, escola num dia de chuva, nos molhamos, quando estamos em casa temos preguiça, pois a idéia de um dia chuvoso remete a estar na cama, vendo filme, deitado com aquele friozinho gostoso.
Mas nem sempre é assim, para cada pessoa a chuva tem um sentido, significado, uma lembrança boa ou ruim de algo que aconteceu, ou alguma coisa que as pessoas têm vontade de fazer, como por exemplo, sair correndo na chuva, se molhar todo, pular, chutar a água da poça, brincar e tudo que puder.
Mas no meu caso é diferente, a chuva para mim tem outro significado, não somente aquele de sair para se molhar, de ficar em casa ou da limpeza no céu, para mim são as lagrimas dos anjos tristes no céu que olham para Terra e vêem a desgraça que acontece aqui.

Rafael Monteiro dos Santos

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Uma criança frustrada



A criança quando começa a ter as dúvidas cruéis da vida elas vão logo perguntando para os pais de onde vem os bebes, da um gelo na espinha deles porque cada vez mais cedo as crianças perguntam isso, então vai o pai responder como nascem os bebes.
“- Filhinho os bebes nascem porque o papai coloca uma sementinha na mamãe, ai a mamãe vai ao jardineiro e depois de nove meses você nasceu.
- Mais como que o senhor coloca a sementinha na mamãe?
- Papai está ocupado agora, vai brincar.”
Eu não entendo porque eles não contam logo de uma vez que a mamãe bebe a sementinha com água e espera crescer. (Se fosse isso ninguém ia querer fazer filho hoje em dia)
Então a criança vai crescendo e volta a perguntar ao pai como ele coloca a santa semente dentro da mãe, e ele, mais uma vez, não responde.
“- Filho, você ainda não tem idade para saber disso.
- Pai, só quero saber como eu vim ao mundo.
- Foi como eu te contei, sobre a sementinha.
- Mais pai, eu estava vendo TV e vi que os casais vão para tal de lua de mel quando casam para fazer os filhos, onde fica essa lua? É aquela lá de cima?
- Não meu filho, lua de mel é... Vai brincar!”
Isso não é tão ruim assim, o pior é quando a criança inventa de cavar o jardim para ver se sai no Japão, e não sai, o máximo que ele consegue é ficar todo cheio de terra e levar uma boa bronca da mãe.
Que maravilha, a criança vai para escola, primeiro dia de aula e a criança começa a fazer amigos, amiguinhos vão uns nas casas dos outros para brincar, e qual é a primeira brincadeira que a criança mais pervertida pensa?
Vamos brincar de medico.
Ai chega a menina para mãe e fala: Mamãe o Joãozinho veio me dar injeção hoje na brincadeira, mais ele não sabia se aplicava ou se não aplicava.
 A mãe entra em pânico, mas a menina não sabe o que estava acontecendo mesmo, então deixa para lá.
A criança agora é um adolescente, vai para escola e tem aula de biologia, e aprende que a “coisa” não é bem como ela pensava, que a lua de mel, não é uma lua com mel, e que a sementinha que a mãe toma para a criança crescer não é uma sementinha e ela nem bebe nada.
Daí que entendemos porque as crianças de hoje são frustradas, já crescem na mentira, para que poupá-la de uma coisa que mais cedo ou mais tarde ela vai saber?
Fazemos isso para ela acreditar que o papai Noel é um velho gordo que faz presentes (só para os melhores de vida, ai vem à criança perguntar a mãe porque o papai Noel não vai lá, e a mãe fala que ele não sabe o caminho ou da qualquer outra desculpa para a criança dormir logo e esquecer-se do presente que ela não vai ganhar.) e tem o coelhinho da páscoa também, como que você vai colocar na cabeça de uma criança que o coelho bota ovo?
Não tem como explicar para uma criança que um coelho entrega ovo de páscoa sendo que ele é um mamífero e não bota ovo.

Resumindo: pais, não frustrem seus filhos, não digam nada ou não inventem historias que serão desmentidas depois. (Apesar de que eu contaria essas historias.)

domingo, 22 de fevereiro de 2015

A morte para mim



Descrevemos a morte hoje em dia como algo que não era aceito antigamente.
Hoje falamos que a morte é quando não se vê mais a pessoa querida, falamos sobre os feitos dela, choramos de tristeza por não vê-la mais e ninguém percebe que morrer não significa não ver mais essa pessoa querida, para muitas pessoas, que acreditam em certas coisas que vai alem da nossa compreensão, a morte é um estado de passagem, evolução e renascimento em que não ver mais a pessoa não significa ficar triste, significa que ela evoluiu, cumpriu sua missão e foi para um lugar melhor.

Para uma criança nós somos plantas de um grande jardim que Deus colhe quando precisa e às vezes Ele tira exatamente a flor que está ao nosso lado, porem temos que seguir em frente, pois sabemos que mesmo não estando perto de nós, ela está melhor no lugar onde está agora, descansando de tudo que fez de bom em sua caminhada pela Terra.

Rafael Monteiro dos Santos

sábado, 21 de fevereiro de 2015

A Barata


Estava sentado na sala quando uma barata saiu de trás da porta. Pensei em matá-la, mas, resolvi ver o que ela faria.
Ela foi caminhando tranquilamente ate a cozinha, parou, olhou (pelo menos, eu acho!) para os lados e continuou seu passeio. Andou, andou e andou ate que voltou para trás com algum alimento preso entre as antenas e foi para trás da porta.
Eu, particularmente, achei aquilo muito engraçado, mais como ela já tinha ido, eu deixei.
No outro dia, na mesma hora, eu estava na sala, vendo televisão, quando a bendita barata sai de trás da porta, faz o mesmo trajeto ate a cozinha: olha pra os lados e passando algum tempo, ela volta novamente com um alimento e se esconde atrás da porta (seu esconderijo, presumo).
Eu, já animado com aquilo, chamei platéia.
Alguns amigos foram, assistiram à cena, comentaram e se foram.
Durante uma semana a barata seguiu a mesma rotina.
Ate que um certo dia, ela não veio, e eu achei estranho : já esperava por ela ! Mais alguns dias, e nada.
Aí, fui saber a minha mãe havia pisado nela, sem ver, quando ia pra cozinha.
Mais uma coisa eu sei, nunca esquecerei aquela baratinha que andava e me fazia rir. Eu delirava imaginando o que estaria pensando quando cruzava a cozinha e voltava com um alimento, e sempre queria segui-la, mais tinha medo dela se sentir ameaçada e fugir.
Quando minha mãe à matou, eu fiquei imaginando se ela não teria filhos, ou se ela seria a filha com uma mãe ou pai ou irmãos doentes precisando comer; me senti culpado por isso, por não ter avisado a minha mãe da pequena baratinha, mais agora fica a dúvida: Eu levo ou não comida atrás da porta?

Rafael Monteiro dos Santos