A Barata
Estava sentado na sala quando uma barata saiu de trás da
porta. Pensei em matá-la, mas, resolvi ver o que ela faria.
Ela foi caminhando tranquilamente ate a cozinha, parou,
olhou (pelo menos, eu acho!) para os lados e continuou seu passeio. Andou,
andou e andou ate que voltou para trás com algum alimento preso entre as
antenas e foi para trás da porta.
Eu, particularmente, achei aquilo muito engraçado, mais como
ela já tinha ido, eu deixei.
No outro dia, na mesma hora, eu estava na sala, vendo televisão,
quando a bendita barata sai de trás da porta, faz o mesmo trajeto ate a
cozinha: olha pra os lados e passando algum tempo, ela volta novamente com um
alimento e se esconde atrás da porta (seu esconderijo, presumo).
Eu, já animado com aquilo, chamei platéia.
Alguns amigos foram, assistiram à cena, comentaram e se
foram.
Durante uma semana a barata seguiu a mesma rotina.
Ate que um certo dia, ela não veio, e eu achei estranho : já
esperava por ela ! Mais alguns dias, e nada.
Aí, fui saber a minha mãe havia pisado nela, sem ver, quando
ia pra cozinha.
Mais uma coisa eu sei, nunca esquecerei aquela baratinha que
andava e me fazia rir. Eu delirava imaginando o que estaria pensando quando
cruzava a cozinha e voltava com um alimento, e sempre queria segui-la, mais
tinha medo dela se sentir ameaçada e fugir.
Quando minha mãe à matou, eu fiquei imaginando se ela não
teria filhos, ou se ela seria a filha com uma mãe ou pai ou irmãos doentes
precisando comer; me senti culpado por isso, por não ter avisado a minha mãe da
pequena baratinha, mais agora fica a dúvida: Eu levo ou não comida atrás da
porta?
Rafael Monteiro dos Santos
Realmente incrível, você tem um talento maravilhoso, parabéns
ResponderExcluirMuito legal!!
ResponderExcluirMt legal , adoro esse tipo de historia
ResponderExcluirkkkkk Nunca vi alguém falar de barata de tal maneira, deu até dó da baratinha kkkk
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